28 de abril de 2008

28.04.08, 16h30

Chegou tudo intacto, inclusivé com o milagre de um caixote por identificar (que por acaso tinha algum do material mais importante...). E agora, o meu novo local de trabalho é este:

Menos espaço mas com muito mais qualidade, muito vidro e um patiozinho muito zen que também não resisto a mostrar. Vou querer uns canteiros assim para o pátio da minha casa nova...

27 de abril de 2008

Sesta(s) (várias)

Gosto mesmo muito de dormir a sesta. Mas, ultimamente, das três uma: ou estou mesmo muito cansada e com falta de horas de sono, ou «é do tempo», ou fui picada por um qualquer mosquito que por aí anda. Porque desde sexta-feira que adormeço profundamente onde quer que me encoste, duas e três vezes por dia. E se podia temer não ter sono à noite, nada disso. Adormeço que nem uma pedra assim que desligo a luz. Esta semana, com trabalho pelo meio, vai ser difícil aguentar.

The Siesta, Vincent Van Gogh

23 de abril de 2008

Mudanças

Esperam-me dias longos. Até amanhã ao fim do dia, acho que vou trabalhar de fato-macaco. Porque me esperam sobretudo horas de trabalho físico... com pelo menos duas reuniões pelo meio, oportunamente marcadas. Descobrir documentos amarelecidos pelo tempo, guardar o que interessa, deitar fora o máximo possível, empacotar, espirrar bastante...

A partir de 2.ª feira, novas instalações me esperam, mais perto de casa, mais modernas, com mais pessoas, com menos espaço. Até lá, muitas dores musculares e muita poeira inalada... porque mudar o local de trabalho de 250 pessoas de um dia para o outro não vai ser tarefa fácil.

16 de abril de 2008

Por fora

Amanhã, Porto. De 6.ª a domingo, Madeira. De 2.ª a 4.ª, Évora e Faro. Na 5.ª, mudança de instalações da empresa. Não sei se terei muito tempo para passar por aqui...

Especialmente para a C...

... porque sei que ontem, apesar de ter adorado estar connosco, ficou com um apertozinho de nostalgia no coração. E porque sei que trocaria muita coisa para voltar a estar connosco todos os dias. Comigo, está.

14 de abril de 2008

Smirting

Com a proibição de fumar dentro dos edifícios, deparo-me cada vez mais com grupos de colegas a fumar à porta da empresa. Demasiado calor? Vendaval e chuva, como naquele anúncio ridículo? Nope. Há que tirar partido destas contrariedades. E assim nasceu o smirting (smoking + flirting), com grande sucesso na Grã-Bretanha desde que a lei por lá se aplica.

Segundo o Good Guide to Smirting, do irlandês David Lowe, eis algumas regras básicas:

- Always have a lighter - A decent lighter is an essential piece of kit for any self-respecting smirter. After all, there’s a pretty good chance you’ll be approached by somebody looking for one. You can also pretend to need a light when required. It could be the spark of a beautiful relationship.

- Practice inhaling - The sight of slovenly Jo O’Meara smoking like a trooper on Celebrity Big Brother was truly dreadful. Make sure you inhale with a touch of class. Think Marlene Dietrich and James Dean. Your chances of hooking up with someone will be smokin’.

- Wait for rain - Smirting gets a lot easier if there’s rain to contend with. It forces smokers closer together under canopies and umbrellas, making flirtatious small-talk more likely. Lads should also have their own brollies available. Rescue a girl from a hair-frizzing downpour and she’ll love you forever.

- Don’t cough - Nothing kills conversation like a phlegmatic smoker’s cough. The successful smirter suppresses the tickle in their throat until potential dates are at a safe distance. Have a drink on hand to calm the need to cough.

Maneiras de meter conversa como outras quaisquer.

13 de abril de 2008

State of the music

Só para avisar que não quero passar por esta vida sem assistir a um concerto do camaleão. Porque não seria justo. Até ao fim da Península Ibérica, vou onde for preciso para o ver ao vivo. E levo o meu mano comigo.

E isto é também um protesto. Porque é indecente que a última vinda de Bowie a Portugal tenha sido em 1990, quando eu ainda não tinha sido contagiada pela sua voz, música e figura... Em Julho de 2004, no chamado Festival do Dragão, cheguei a ter bilhetes para o concerto, mas uma operação às cordas vocais impediu-o de vir. Grrr… (=raiva)

Muito poucos terão capacidade de se manterem na vanguarda desde há quase 40 anos. Sempre a inovar, sempre a adaptar-se aos novos sons, nunca se tornando no canastrão em que tantos outros da sua geração se tornaram, que cantam os mesmos antigos êxitos vezes sem conta. Bowie já terá experimentado de tudo, e ainda bem, porque só assim nos dá também um pouco desse tudo.

De Space Oddity a Reality, mais palavras para quê?



Space Oddity, 1969



Dancing in the Street, 1985



Thursday’s Child (álbum Hours), 1999



Days (álbum Reality), 2003

12 de abril de 2008

Saudades de quem mal conheci

Do meu avô João, cujas recordações que tenho são apenas de fotografias comigo ainda pequena, de totós na escada do jardim da casa de Colares, e , já com os meus irmãos, na casa desenhada por ele em Fontanelas. Em pessoa, tenho apenas uma vaga ideia de o ver algures num apartamento junto ao Areeiro, doente e a morrer novo.


Sei que era muito alto, impondo respeito ao sair de um Mini. Que nasceu na Beira Alta mas que veio pequeno para Lisboa, julgo que por causa de uma doença, sendo criado por uns padrinhos. Que por vezes era irascível. Que se divorciou da minha avó mas que teve a sorte de ter encontrado alguém para estar sempre ao seu lado quando ficou incapacitado devido a uma trombose. Que morreu no Hospital de Santa Maria, numa maca sem qualquer assistência. Que marcou muito o meu pai. Que nasceu no dia de São João, que acabou por lhe dar o nome. Que era arquitecto e com bom gosto.


Hoje descobri mais um bocadinho. Estes edifícios são dele:

Escola António Arroio, Lisboa.

Hospital da Cruz Vermelha, Lisboa.

11 de abril de 2008

Promessa

Especialmente para o meu mano, a promessa de que se encontra em fase de preparação um tópico sobre o camaleão.

8 de abril de 2008

Gostos

Em termos musicais, nunca fui muito de músicas calmas ou românticas, muito menos interpretadas por vozes femininas. A serem-no, teriam de ter algo de diferente ou com um quê de alternativo. Por isso, enquanto a minha irmã ouvia Enya ou Angelicus, eu adorava Nirvana, Morphine ou Skunk Anansie. Mas às vezes surgem excepções que confirmam a regra. E esta é Katie Melua, com uma música em específico. Há anos, quando a minha irmã me falou dela, passei ao lado, e nem sequer tive curiosidade de ouvir o que ela gostava de ouvir.

Gosto muito desta, pela música e pela letra:

If you were a cowboy I would trail you,
If you were a piece of wood I’d nail you to the floor.
If you were a sailboat I would sail you to the shore.
If you were a river I would swim you,
If you were a house I would live in you all my days.
If you were a preacher I’d begin to change my ways.

Sometimes I believe in fate,
But the chances we create,
Always seem to ring more true.
You took a chance on loving me,
I took a chance on loving you.

If I was in jail I know you’d spring me,
If I was a telephone you’d ring me all day long.
If I was in pain I know you’d sing me soothing songs.

Sometimes I believe in fate,
But the chances we create,
Always seem to ring more true.
You took a chance on loving me,
I took a chance on loving you.

If I was hungry you would feed me,
If I was in darkness you would lead me to the light.
If I was a book I know you’d read me every night.

If you were a cowboy I would trail you,
If you were a piece of wood I’d nail you to the floor.
If you were sailboat I would sail you to the shore.

If you were sailboat I would sail you to the shore.

If you were sailboat I would sail you to the shore.

Injustiças?

Hoje se calhar fui injusta... mas não tinha alternativa. Quando se trata de avaliar (mesmo que seja algo de importância relativa), haverá sempre quem não fique contente. Porque uma avaliação implica sempre comparações, mesmo que não ditas. Porque há sempre quem ache que «a galinha da vizinha tem mais dentes do que a minha». Porque há sempre quem ache que não lhes dão o valor suficiente. Mas eu dou, e muito. Só que, em escalas de 1 a 3, não há margem para grandes diferenças... e é inevitável que o 2 seja atribuído à maioria. Tratando-se a retribuição de dias de descanso extra, quase tenho saudades dos tempos em que só havia as férias e pronto. Assim não havia nada para ninguém, e se calhar todos ficavam contentes. Ou não.

7 de abril de 2008

It's raining cats and dogs

The Project Gutenberg EBook of Punch, Or the London Charivari, Volume 101,November 21, 1891, by Various.

Pelos vistos, em 1891 já chovia assim.

6 de abril de 2008

Amanhã, menos um

Encho-me hoje de pizzas e porcarias, a pensar que a partir de amanhã terei mais uma semana de completa abstinência de tudo o que seja sólido. Entre as 10h e as 11h, mais uma hora de tortura de boca aberta no dentista. A seguir, menos um dente, a caminho dos 24 e de uma dentadura perfeita quando os espaços vazios se fecharem. Terei em breve menos dentes do que tinha com 8 anos...

Estou viciada...

... nesta música do francês Calogero, sobre um amor virtual. Tantas vezes vi o videoclip nas acções de lançamento dos manuais de francês, que não me sai da cabeça e da ponta da língua. Por vários motivos, todos relacionados com trabalho, estou a reconciliar-me com a beleza da língua francesa. Há males que vêm por bem.

5 de abril de 2008

Trabalho de equipa

Ter, num grupo de 18 pessoas, pessoas de 8 departamentos diferentes de uma mesma empresa, todas com o espírito mais divertido possível e a lutar pelo mesmo, é obra! Saldo muito positivo dos 3 dias de trabalho por fora de Lisboa. Acima de tudo, pelos jantares, pelas gargalhadas, por me rir com pessoas que não sabia serem tão engraçadas, pelas conversas até às tantas, pela entreajuda e sentido de «care» que todos tivemos uns pelos outros. Os livros que produzimos merecem pessoas assim.

2 de abril de 2008

Gato virtual

Na barra lateral, o meu terceiro gato, o meu gato virtual. Especialmente para a Mary, umas dicas: vai passando o rato à volta dele, posiciona-o em cima da manchinha branca na barriga ou na cabeça, um pouco acima dos olhos. Mas com o som ligado (para a mancha branca tem de estar com o volume elevado). :)

1 de abril de 2008

Em digressão...

... para apresentar os novos manuais escolares. Esta semana, Curia, Fátima e Castelo Branco. Daqui a duas semanas, Madeira, e, no fim do mês, Guimarães.

Quero aproveitar para, em Fátima, conhecer a igreja da Santíssima Trindade, do arquitecto grego Alexandros Tombazis, com mais de 8000 lugares sentados. Não pela minha crença, mas pela minha curiosidade, acho que vai valer a pena.