10 de junho de 2008

Histórias de semáforos

Li algures que, na Suécia, querem fazer uma mudança nos semáforos para peões. Assim, em vez de vermos um «homenzinho» verde a andar e outro vermelho a andar consoante se pode atravessar ou não a rua, querem substituir um deles por uma «mulherzinha». Resta saber qual, se o passivo se o activo. Por mim, acho simplesmente ridículo. Se se quer defender a igualdade de direitos, há por aí tantas outras coisas por fazer...

E por falar em semáforos, os mais engraçados que vi até hoje foi no centro de Berlim. Esses sim, com história.

Os Ampelmännchen representam um cavalheiro de chapéu muito apressado a andar ou parado de braços abertos. Eram os semáforos utilizados em Berlim Leste, criados em 1961 para segurança ao atravessar as ruas numa época em que o número de automóveis aumentou. A ideia era ser uma figura simpática para as crianças e facilmente identificável pelos mais velhos. Com o fim da Cortina de Ferro e com a reunificação, as autoridades quiseram substituir os semáforos de Berlim Leste pelas figuras mais estilizadas e «magrinhas», mas a população opôs-se ao fim de um símbolo da sua identidade. Hoje, mesmo em muitas zonas da antiga Berlim Ocidental, quando um semáforo se avaria é substituído por um Ampelmännchen.

Por todo o lado, se vende merchandising com a engraçada figurinha. Eu comprei dois pins, que ficam o máximo no meu casaco de ganga.

2 comentários:

Mary disse...

Eu acabei por não trazer nenhum souvenir com o Ampelmännchen e arrependi-me.

Para além de serem um amor, têm uma história para contar e, quanto mais não seja, são diferentes de todos os outros!

'Bora reivindicar figurinhas nacionais para os nossos semáforos? Já estou mesmo a ver o Galo de Barcelos de pata estendida para atravessar a rua :-)

Vespinha disse...

Melhor... o Zé Povinho, barrigudo e com o chapéu...

Tens razão, o mais giro ainda é terem uma história, aliás como quase tudo em Berlim!