5 de abril de 2010

Amor de pai

Se alguma vantagem posso encontrar em ter trabalhado que nem uma moura durante os últimos 3 meses e também durante os 3 dias da Páscoa, terá a ver com pequenas surpresas que me fizeram sentir que, apesar de enclausurada, houve gente lá fora que não se esqueceu de que eu estava lá dentro.

Depois de uma 5.ª feira com tolerância de ponto que para mim não existiu, na véspera de um sábado na expectativa de continuar na empresa, a meio de uma 6.ª feira-santa que me parecia uma 6.ª feira qualquer, o meu telemóvel toca e o meu pai pede-me para ir lá fora. Vou, em stress, a pensar no paginador que fica à minha espera. O meu pai traz na mão dois ramos de flores: «Um para ti e outro para a tua colega que também cá está, para o dia não vos custar tanto.» E um pacote de amêndoas de chocolate. Um beijinho e vai-se embora a correr para não me tomar mais tempo.

Não tive tolerância de ponto, não tive a 6.ª feira nem o sábado para descansar. Mas tenho um pai que com um gesto tão simples e tão dele alegrou o nosso o dia e mudou mais um bocadinho a nossa vida.

Posso meter uma cunha para o clonar?

5 comentários:

M disse...

ADOREI! Há gestos que fazem TODA a diferença...

Rama disse...

:) até eu fiquei orgulhosa e comovida, e o pai não é meu!
bem-vinda! estão todos vivos por aí?

Vespinha disse...

Rama, nem imaginas como ficou a Fontanelas («a colega» que teve direito ao outro ramo)... :)

PS: Sobreviventes, mas todos vivos!

PSousa disse...

Grande Pai!

Cookie disse...

Que delicia... fiquei comovida, que atitude maravilhosa...