6 de maio de 2010

Até que a morte nos separe

Era uma vez um cão de peluche. Que nos seus melhores tempos deve ter sido uma espécie de Snoopy (digo isto apenas pelas cores, porque quanto à forma, coitado...). E que me ofereceram num dia muito próximo do dia em que nasci.

A primeira vez que tive consciência da existência dele já se chamava Nique (se calhar seria Nick, mas na minha cabeça sempre foi com «q de nove»), julgo que por influência de um cão a sério que era dos meus avós. O Nique foi diversas vezes à máquina, teve olhos de vidro muito variados, até que para o fim desistiu-se de cosê-los novamente. Sempre com o pêlo ligeiramente encardido. E, durante muitos anos, o Nique nunca saiu do meu quarto. Não que estivesse em exposição em cima da cama, porque nunca gostei de bonecos de peluche, mas do armário não saía.

Quando passei uma temporada no Sul de Inglaterra levei o Nique na mala. E o Nique fez-me passar uma vergonha quando no regresso me inspeccionaram a bagagem e o tiraram de lá com cara de gozo. Escusado será dizer que o Nique nunca mais viajou...

Mas quando saí de casa dos meus pais o Nique foi comigo e lá ficou num armário. Quando mudei novamente de casa, veio comigo e no novo armário passou a viver. Há 2 dias fiz arrumações, reorganizei o armário, e lá estava ele, quieto e vigilante. Deve ter-me escapado à reorganização, deve ter ficado atirado para um canto, e hoje, quando cheguei a casa, parece que a minha empregada tinha dado com ele. E foi assim que o encontrei:


Vinha com a neura. Passou-me logo.

6 comentários:

PSousa disse...

Se este é o teu quarto, AMEI!
A frase fica demais! :)

Lindo!

Vespinha disse...

:)

A frase foi encomendada aqui: http://www.casadart.com/

PSousa disse...

Obrigado pela dica, tá divinal!

sininho disse...

a criatividade da empregada... do melhor! :)

estouparaaquivirada disse...

Deixei-te um Prémio quando puderes vai lá buscá-lo...é pela companhia que me tens feito e pelo que tenho aprendido contigo.
xx

Vespinha disse...

Consegues mesmo aprender comigo? :)