20 de fevereiro de 2011

Ernestina, de Rentes de Carvalho

Que vergonha tenho de nunca ter ouvido sequer falar deste escritor, já com 80 anos, já com tantos livros publicados e, acima de tudo, que escreve tão bem. J. Rentes de Carvalho nasceu em Vila Nova de Gaia em 1930 mas vive na Holanda desde meados dos anos 5o, onde se pode dizer que é o escritor português mais conhecido, comprovado pelos inúmeros best sellers que por lá tem publicado. Por cá, é precisamente o contrário.


Apesar de não perceber o porquê deste desconhecimento, acredito que a partir de agora será diferente, uma vez que nas mãos da Quetzal os seus livros serão certamente bem tratados. Graças à minha priminha, eu comecei por ler Ernestina, um romance autobiográfico que começa em finais do século XIX e decorre até meados do século XX. Um romance que percorre o Portugal mais profundo de Trás-os-Montes, através de serras e vales, contando uma história de pobreza e miséria, de um Portugal que parece já não existir, em que se demorava um dia inteiro para ir de Mogadouro ao Porto. Um história de gente rude e bruta mas também de afectos, a história de seus avós, de seus tios e pais, narrada sempre de um modo directo, simples e comovente.

Para quem queira conhecer melhor o autor, clicar aqui. E para quem queira acompanhar o seu blog, Tempo contado, aqui.

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