31 de março de 2011

Aliviada

Depois de 16 anos sem ter falhado uma única eleição, foi com um apertozinho no estômago que esperei pelo anúncio da data das próximas legislativas. Ontem, com medo que fossem a 29 de Maio (quando vou estar em Londres), ainda enviei uma mail para a CNE a perguntar se poderia votar à distância. Que disparate... só:

a) Militares, agentes militarizados e civis integrados em operações de manutenção de paz, cooperação técnico-militar ou equiparadas;

b) Médicos, enfermeiros e outros cidadãos integrados em missões humanitárias, como tal reconhecidas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros;

c) Investigadores e bolseiros em instituições universitárias ou equiparadas, como tal reconhecidas pelo ministério competente;

d) Estudantes inscritos em instituições de ensino ou que as frequentem ao abrigo de programas de intercâmbio;

e) Eleitores doentes em tratamento no estrangeiro, bem como os seus acompanhantes.


Num país onde já se usa quase exclusivamente a Internet para tudo (ao ponto de haver tantos extremismos que todos conhecemos), ainda não inventaram um meio de podermos cumprir o nosso dever cívico sem nos deslocarmos pessoalmente ao local onde estamos recenseados.


Felizmente alguém teve a ideia de marcar as eleições para dia 5 de Junho. E assim ainda não é desta que peco como cidadã.

29 de março de 2011

A aprender

Foi com grande sentimento de culpa que no sábado não fui trabalhar para ir a um workshop de Diários Gráficos no MapDesign, conduzido pelo Eduardo Salavisa. Meia hora depois de começar já me tinha passado a culpa. E alguns dos resultados deste primeiro dia de experiências são estes:

Mal posso esperar para ter tempo para começar a encher mais folhas do meu caderno.

28 de março de 2011

Para variar

Intervalo no caos de trabalho que é a minha vida neste momento para aplaudir o Pritzker hoje atribuído a Souto Moura. Numa época em que só se fala de política e de futebol, receber boas notícias no campo da arquitectura é uma verdadeira lufada de ar fresco.

Moradias unifamiliares, Ponte de Lima.

Estádio Municipal de Braga.

Casa das Histórias, Cascais.

22 de março de 2011

Em campanha

E porque nem todos os meus leitores têm acesso ao meu Facebook, um apelo ao voto nos meus sapatinhos vermelhos. A competição pelos "Cutest shoes" está renhidíssima e o prémio é um iPad novinho em folha. Em troca dos vossos votos, comprometo-me a publicar muito mais tópicos... é que escrever sentadinha no sofá com o iPad ao colo será muito mais prático e inspirador!


O que têm a fazer é aceder a este link aqui. E depois fazer Like na página do perfil da ThisNext, fazer Like nos meus sapatinhos vermelhos e deixar lá um comentário.

Só para satisfazer a curiosidade: esta fotografia foi tirada com o telemóvel num domingo de manhã nas arcadas do Terreiro do Paço, há cerca de um ano. De repente olhei para o chão e pensei: que perspectiva tão gira. Mal sabia que um ano depois estaria a divulgar uma imagem esquecida no meu telemóvel.

Ainda a propósito de bicicletas e de pais e filhas...

... um dos filmes de abertura ontem na Monstra (Festival de Animação de Lisboa), de Michael Dudok de Wit. «Father and daughter», uma história triste mas muito bonita.

19 de março de 2011

A quem me ensinou um dos maiores prazeres da vida

Que sorte tenho por saber andar de bicicleta! E que sorte tenho por ter um pai que me ensinou a andar de bicicleta! E que sorte tenho por ter um pai que tantas vezes nos levou pela serra de Sintra e pelo Guincho em passeios de bicicleta! E que sorte tenho por ter um pai que já me acompanhou em tantos belos dias por cidades do mundo também de bicicleta!

Ao meu pai, o meu mentor da bicicleta (entre muitas outras coisas), oferecemos hoje este livro.

Espero que pela frente ainda tenhamos, juntos, muitos outros passeios de bicicleta.

18 de março de 2011

Uma de cada, por favor

São absolutamente lindas as novas chávenas que a Nespresso se prepara para lançar, numa declinação feita a partir do design das cápsulas. Costumo ser decidida, mas desta vez não consigo escolher. Uma de cada, por favor.

15 de março de 2011

A minha Babá

Nasceu a 15 de Março de 1924 e morreu a 30 de Setembro de 1997. Naquele que, posso assegurar, foi até hoje o dia mais triste da minha vida.

Mas, pelo meio, foi a minha avô. E, apesar de não gostar que lhe chamássemos avó (para nós, sempre foi a Babá), foi a melhor avó que se pode ter tido. Ao longo dos meus primeiros 23 anos, acompanhou todos os meus passos. Foi ela (em conjunto com o Vôvô) que me transmitiu o gosto pelas letras, foi ela que me ensinou inglês e francês, foi ela que me incutiu o amor pelos animais (admito que, nela, por vezes ultrapassava o razoável...), era ela uma das pessoas que vivia mais intensamente todos os meus fracassos e sucessos.

Tinha um gosto incrível pela vida, tinha muitas amigas e amigos, adorava viajar, não desistia perante as contrariedades e só uma morte tão fulminante como um aneurisma conseguiu levá-la tão cedo. Dela (e do Vôvô), herdei a capacidade de trabalho mas também uma miopia nada modesta e algum autoritarismo. Mas não me importo. Feito o balanço, agradeço-lhe ter contribuído para eu ser aquilo que sou, ter sido uma presença tão forte na minha infância feliz e, acima de tudo, ter-me deixado uma mãe que adoro mais do que ela própria imagina.

No dia em que terminei o curso os meus avós deram-me uma medalha gravada: «Amor. Alegria. Optimismo. Perseverança.» Penso nestes valores todos os dias. E na minha avó também.

12 de março de 2011

Quem estará verdadeiramente «à rasca»?

Muito se tem dito e escrito nos últimos dias sobre a iminente manifestação da geração «à rasca». Eu não digo nem escrevo nada, porque nada tenho a dizer ou a escrever.

E hoje, mais ainda do que ontem ou anteontem, consigo definir o que é um povo «à rasca»: um país que sofreu um valente sismo, um avassalador tsunami e uma potencialmente perigosa explosão numa central nuclear. Tudo isto ainda sem as consequências devidamente medidas.


Cada vez mais acredito na necessidade de relativizar.

8 de março de 2011

Na dúvida

Há uma coisa que acho particularmente desconcertante no Carnaval: passar por certas pessoas na rua e não perceber se estão mascaradas ou se é o seu estilo normal. E não, não estou a ser irónica.

2 de março de 2011

Não me chamem, por favor

É sempre assim nesta altura do ano. Ouço o meu nome tantas dezenas de vezes ao longo do dia que já não o suporto.