20 de fevereiro de 2012

Ferrugem americana, de Philipp Meyer

Em muitas cidades do Estados Unidos o tempo a certa altura avançou mas depois parou. E as pessoas, no entanto, continuaram a (sobre)viver. Com a miséria da indústria parada, com as lojas fechadas, com a migração de tantos outros em busca de oportunidades.

Em Ferrugem americana, Philipp Meyer retrata muito bem esta desolação, primeiro pelos olhos de Isaac, um jovem adulto que ficou para trás a olhar pelo pai, mas depois recorrendo também ao olhar da sua irmã Lee, do seu amigo Poe, da mãe de Poe e de um polícia à beira da reforma. Vidas tristes e frustradas em que, apesar de tudo, a amizade ainda consegue ganhar lugar quando tem mesmo de ser.

Philipp Meyer tem apenas 38 anos, mas traz-nos as memórias da escrita realista americana de Steinbeck e de Hemingway. Recomendo bastante.

1 comentário: