27 de fevereiro de 2013

A vida de Pi

Sabem quando vos falam tanto de uma coisa que a certa altura geram anticorpos e nao suportam vê-la à frente? Acontece-me muito com livros, e A vida de Pi foi uma dessas vítimas. Nunca li, e quanto mais me falavam dele, menos vontade tinha de ler.

Com o filme foi o mesmo. Nomeação para melhor filme? Mas a que propósito? Por ser de Ang Lee? Até que a minha amiga Mary mo descreveu step by step. E fiquei com vontade de o ver. O que achei? Bonito, filosófico, teológico, e apesar de tudo muito menos do domínio do fantástico do que eu imaginava. Há ali muita realidade, muito medo, muita coragem.

Ao longo de 227 dias, o adolescente Pi vagueia pelo Pacífico num bote, depois de num naufrágio ter perdido toda a família e a maioria dos animais que transportavam de um jardim zoológico da Índia para o Canadá. Pi acaba por ficar apenas na companhia de um tigre asiático, e desengane-se quem pensa que vai ver uma história de amizade entre um ser animal e um animal selvagem. Esta é uma história de sobrevivência, e sobre o desafio que é acreditar ou não em Deus. Ou num deus.

7 comentários:

GATA disse...

Um tigre de Bengala chamado Richard Parker! :-)

Eu li o livro mas não me identifiquei com o mesmo. Eu vi o filme, por causa do Ang Lee, e adorei! E sabes porquê? Porque está muito bem feito e o tigre (os verdadeiros são 3, mas nas contracenas com o rapaz é um tigre digital) é lindooo!!!

Alex disse...

Ainda não vi mas tenho muita curiosidade.

P.T. disse...

Para mim é o melhor dos candidatos a melhor filme.

Mary disse...

Se soubesse que ias ver não te tinha contado tudo! Mas (por outro lado) se não o tivesse feito, se calhar não o tinhas visto...?

Anyway, ainda bem que também se revelou uma garadável surpresa para ti :-)

sininho disse...

li o livro... não vi o filme..

Vespinha disse...

Mary, se calhar se não me tivesses contado não tinha mesmo ido ver. Ainda bem que fui!

Sónia G. Barbosa disse...

A Vida de Pi é o filme que verdadeiramente se estranha e depois entranha-se. E fica e fica e fica em nós. E está cheio da imensa sensibilidade de Ang Lee.