25 de junho de 2014

A arte de chorar em coro, de Erling Epsen

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Esteve deve ser dos livros mais bizarros que li nos últimos tempos, a começar pelo modo como o descobri e o comprei. À hora de almoço, vi-o na secretária de uma colega, espreitei a sinopse e fui à procura dele na Wook. Custava €5, e como tinha saldo em pontos, ficou-me por €0,45, que paguei em pagamentos de serviços. Logo isto não parece verdade.

Mas vamos à história. Tudo se passa numa vila dinamarquesa nos anos 60, no seio de uma família que vive de uma mercearia. Há o pai, que sofre de "nervos psíquicos", a mãe, que tenta sempre ficar de fora quando algo de mau ou de estranho acontece, a filha adolescente, carregada de medicação e com uma relação bastante estranha com o pai, e o filho de 11 anos, o narrador, que conta tudo o que se passa como se da mais normal família se tratasse.

Apesar de toda esta disfuncionalidade, a família é bastante considerada na vila, em grande parte devido aos discursos hipercomoventes que o pai faz, com a ajuda do filho, no funeral de todos os que morrem. O pior é quando está muito tempo sem morrer ninguém e o pai começa a ficar em baixo, porque é aquilo que lhe dá vida.

Mais não conto, porque a bizarria é enorme mas também um pouco plausível. Por isso, mais vale lê-lo, coisa que se faz rapidamente e que por €5 custa pouco.

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