20 de julho de 2015

Conhecereis a nossa velocidade!, de Dave Eggers

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Este é um autor muito pouco conhecido em Portugal, e que me dizem não «pegar». Tenho pena, porque tudo o que li dele é excecional e sempre diferente: Uma obra enternecedora de assombroso génio (a minha opinião aqui), O sítio das coisas selvagens (inspirado no clássico infantil de Maurice Sendak), The Circle (a minha opinião aqui). Excecional pelas ideias que tem, pelos temas que aborda e pelo modo como o faz.

Em Conhecereis a nossa velocidade!, Will e Hand, dois jovens norte-americanos, que perderam o seu melhor amigo pouco tempo antes, decidem fazer uma viagem pelo mundo numa semana (ou pelo menos irem à Gronelândia e terminarem no Cairo), para distribuírem uma larga soma de dinheiro que Will ganhou. O objetivo é também a rapidez, não parar, o que os leva, ao sabor dos voos disponíveis, ao Senegal, Marrocos, Estónia e Letónia. E entretanto a terem de voltar para casa.

Pelo caminho vivem momentos picarescos, sempre porque não podem parar: saltam de árvore em árvore num bosque, mergulham de noite em águas frias, rebolam-se por cima de um dos carros que alugam, são alvo de uma perseguição, desenham um mapa do tesouro para alguém encontre uma parte do dinheiro, fingem ter de pedir indicações para poderem oferecer dinheiro a quem os ajuda... Situações hilariantes para o leitor, mas que as personagens levam muito a sério.

Um livro diferente, tudo menos clássico, mas que acho que vale a pena tentar.

2 comentários:

Celeste Silveira disse...

Sabe o que é que eu acho, Vespinha? Só tenho pena de não poder ler todos os livros que eu queria ler. Tenho uma lista de espera de vinte. E este que aqui me apresentou deve ser tão apetitoso... E os outros todos? Só tenho pena, de todos aqueles que ainda não descobriram o prazer que se retira da leitura. Eu de momento estou na Biografia do Luiz Pacheco. Grande figura! E estou ansiosa para chegar a noite e eu ir mais uma vez... ao "encontro dele"! Depois... tenho mais vinte... que a breve trecho (e por este andar) se transformam em quarenta.

Vespinha disse...

É verdade, Celeste, é uma angústia saber que nunca os poderemos ler todos! E também sinto isso, uma vontade de ir mais cedo para a cama para poder entrar noutras vidas. :)