31 de março de 2016

Quero, pois claro



Fotografias quase, quase

Fotografias que no segundo seguinte já pouco interesse teriam, mas que foram tiradas no momento certo. Ou, digamos, antes de as coisas acontecerem.










Podem ver mais uma série delas aqui.

Mixed feelings


Ontem tive de vir para casa de baixa, sobretudo por precaução, para abrandar o ritmo e evitar um parto pré-termo. As bebés estão bem, uma com 640 g e a outra com 715 g, com pouca diferença entre elas e um tamanho bom para gémeas. A partir de agora, a boa evolução da gravidez vai depender sobretudo de mim própria, reduzido que está o risco de transmissão feto fetal (um dos maiores riscos de gémeos idênticos).

Por isso, tive de passar trabalho, fazer um ponto de situação, enviar uma série de emails... No fundo, arrumar as coisas para só regressar daqui a uns largos meses. Se por um lado sei que será bom ter algum tempo para mim antes de elas nascerem, para pensar nelas e tratar das coisas que as vão esperar, por outro foi muito estranho deixar assim o meu gabinete. Desligar a luz e saber que, no dia em que a voltar a ligar, serei uma pessoa muito diferente da que sou hoje. Diferente para melhor, tenho a certeza, mas diferente sem dúvida.

É estranho mas vai ser bom.

30 de março de 2016

Intervalo

Hoje não haverá por aqui nada. Preciso de reorganizar corpo e mente. Mas prometo voltar, se possível já amanhã.

29 de março de 2016

É isto

Cumpro o 2, o 3 e o 4. Funciona

Dormir grávida


Nunca tive o sono fácil. Acordo ao mínimo barulho, vou à casa de banho durante a noite, depois de ver um bocadinho de luz do dia fico logo alerta. Mas agora está a ser bem pior. Com este barrigão estou totalmente impedida de dormir na minha posição preferida: de barriga para cima. O peso não deixa, e dizem que também não faz muito bem-sucedida mim e às bebés.

Mais: tenho de dormir com a almofada mais levantada, por causa do refluxo gástrico. E virada para o lado esquerdo, pelo mesmo motivo (a posição do estômago e do esófago dentro do corpo permite mais "fugas" se dormirmos virados para o lado direito).

E ainda: nas idas à casa de banho, que são mais frequentes do que antigamente, tenho de fazer uma ginástica ainda maior para não incomodar muito as gatas.

Cheira-me que é a natureza a preparar-me para as noites que vou passar sem dormir. Mas aí vou viver a felicidade de já ter as minhas filhas cá fora.

28 de março de 2016

Nostalgias de Lisboa

Imagens que encontrei algures, não necessariamente raras mas que achei curiosas ou que me trazem alguma nostalgia (até mesmo de tempos que não vivi).

O Rossio com os seus anúncios luminosos.
Chegada de um avião da TAP ao aeroporto nos anos 60.
Os Restauradores no tempo em que se estacionava em todo o lado.
A primeira Feira do Livro de Lisboa, em maio de 1931.
O Metro, estação do Saldanha, nos anos 60.
A Rua do Carmo antes do incêndio, vendo-se bem os canteiros
que dificultaram o acesso dos bombeiros no incêndio de 1988.

OK, faço o sacrifício

Raridade de Bowie

Baal's Hymn foi composto por David Bowie em 1982 para a peça Baal, de Bertolt Brecht, sobre um poeta alcoólico, rude e mulherengo. Adorei este registo.

24 de março de 2016

Lindo

A música (Ana Moura) e o filme (António Pedro Vasconcelos).


E entretanto, num campo de refugiados...

... mais propriamente na fronteira grega:


A pensar que, por muito mal que estejamos, há sempre alguém pior do que nós.

Partes da anatomia que eu não sabia que tinha

Graças a uma constipação valente que não me larga há uma semana, acabo de descobrir os seios paranasais. Quando ontem acordei com uma sensão de pressão nos dentes molares, a primeira decisão foi ir ao dentista, uma vez que é comum, na gravidez, haver perda de cálcio.

Já lá, apesar de me terem encontrado uma cárie pequenina (tratada no momento sem anestesia), colocaram a hipótese de a minha dor não ser nos dentes, mas nos seios paranasais, cavidades que temos atrás da testa, dentro das maçãs do rosto, em ambos os lados da ponte do nariz e atrás dos olhos, com a função de assegurar que o ar que inspiramos está à temperatura certa e com a hidratação ideal para entrar nos pulmões.

Quando estamos muito constipados, a congestão nasal faz com que o ar tenha dificuldade em sair dos seios paranasais, causando pressão dentro dos mesmos. E daí vem a minha dor. O que fazer? Esperar que a constipação passe, beber muitos líquidos, ialaar vapores, evitar locais secos, desobstruir o nariz e evitar a inalação de produtos irritantes, diferenças bruscas de temperatura e baixar a cabeça.

23 de março de 2016

E eu que o diga!

Se há um ano me dissessem que a minha vida mudaria tanto quanto mudou, murmuraria um simples: «Impossível!» Afinal não é...

Upsss... E não é que acertou?

Se calhar mais cedo do que julgava.

Quando eu tinha de ser isenta

Há muitos anos, muitos mesmo, eu queria ser jornalista, influenciada pelo meu avô materno, que tinha histórias mirabolantes para contar acerca do que era ser jornalista nos anos 50. Entrevistar personalidades importantes, fazer a cobertura de prédios em chamas, viajar em porta-aviões... Nos anos 80, já reformado, continuava muito ativo, a trabalhar numa revista de turismo de um amigo e sempre em viagem. E assim fui para Comunicação Social.

Terminado o curso, fiz outro ainda mais especializado, no Cenjor, para formação de jornalistas, onde conheci grande parte dos melhores amigos que hoje tenho, daqueles que ficarão para toda a vida. Depois desse curso intensivo de um ano, fui estagiar para o Público, onde acabei por ficar colocada na editoria de Educação. E foi nessa altura, só nessa altura, que tomei consciência de que o jornalismo em que eu estava a trabalhar não era afinal a roda-viva que eu imaginara. Era algo bem diferente, monótono até, apesar de muito exigente em termos de horário. Escrevia sobre manifestações de estudantes, sobre despachos e decretos-lei, sobre mudanças nos programas e greves de professores e alunos. Havia sempre coisas a acontecer, só que eu não gostava de escrever sobre elas. E acabei por decidir sair, para trabalhar como editora de manuais escolares, algo que nem sabia o que era mas que se revelou bem mais desafiante, até hoje.

Dos tempos do Público recordo sobretudo o tempo do estágio, em que fazia um pouco de tudo e por isso podia variar. Ontem, nas minhas arrumações, encontrei este recorte, de uma reportagem que fiz sobre as touradas em Barrancos. Uma dos que mais me custou fazer mas que teve de ser, pelos motivos que quem me lê compreenderá.

22 de março de 2016

Como nos mostram e como é

Grandes desilusões apanhei aqui. Algumas nas fotografias, outras ao vivo.

Podem ver mais uma série de imagens aqui.

Stonehenge, Inglaterra.
Central Park, Nova Iorque.
Pirâmides de Giza, Cairo.
Cataratas de Niagara, EUA e Canadá.
Rio de Janeiro.
Fonte de Trevi, Roma.
Taj Mahal, Índia.
Santorini, Grécia.

Veneza.

Ou "O que dás recebes em dobro"

The white lioness, de Henning Mankell

É o terceiro livro de Henning Mankell que leio da série do detetive Kurt Wallander, e tenho-o feito pela ordem em que saíram. Este é bem mais complexo do que os outros, apesar de no início parecer banal.

Tudo começa com o assassínio aparentemente inexplicável de uma mãe de família, vendedora imobiliária em Ystad. Mas rapidamente a história evolui para algo bem mais denso, que passa por uma conspiração no início dos anos 90 para assassinar Nelson Mandela na África da Sul, sendo a Suécia apenas utilizada para campo de treino.

É disto que gosto nos livros de Mankell: a capacidade de transformar o que seria um simples policial numa obra de fundo, cheia de ligações à partida inesperadas e que nos ensinam muito da história e problemas mundiais.

Nota: Os anteriores que li são Faceless killers, sobre a imigração na Suécia e a consequente xenofobia, e The dogs of Riga, que aborda a questão da transição dos Estados bálticos após a queda da URSS.

21 de março de 2016

Tuga intraduzível

Amoroso

Há um médico obstetra norte-americano, Robert Sansonetti, que desde 2011 que tricota gorrinhos para oferecer a todos os bebés que ajuda a nascer. Cada gorrinho demora cerca de 4 horas a ser feito, mas nenhum bebé sai do hospital sem ele.

Podem ver aqui todo o portefólio.