30 de setembro de 2016

Qualquer semelhança é pura coincidência

Foi uma amiga que me chamou a atenção, mas qualquer semelhança entre a dona do Max em A vida secreta dos nossos bichos e eu é pura coincidência: passa apenas pela roupa, pelo corte de cabelo e pelo amor pelos animais.



29 de setembro de 2016

A vida secreta dos nossos bichos


Há que tempos que não via um filme de animação e não, não é por agora ter duas bebés que me começo a interessar. Sempre gostei, e se juntarmos a animação à bicharada ainda melhor.

O filme retrata brevemente a vida real dos nossos animais de estimação, para depois partir para uma louca aventura empreendida por meia dúzia deles que vivem no mesmo prédio. O cão que se julga o centro do mundo da dona, o gato que praticamente despreza o dono, o lulu que é como se fosse um filho para os donos, o periquito que acompanha um rapaz alternativo... Tudo se passa em Nova Iorque, com imagens fantásticas, desenhos queriduchos e muito movimento.

A história é simples, mas passa-se ali uma hora e meia com boa disposição.

28 de setembro de 2016

Os bebés nos shoppings


Nota prévia: Eu sou uma grande privilegiada por, pelo menos uma vez por semana, poder deixar as minhas filhas na minha mãe para fazer arrumações em casa, ir às compras, ao cinema ou simplesmente para não fazer nada.

Ontem fui a um centro comercial ao final do dia, e não queria acreditar na quantidade de bebés pequeninos que, pelas 22h30, seguiam nos seus carrinhos, olhos muito abertos, quando a meu ver tinham idade para já estarem na cama há algum tempo. Ou são crianças que seriam levantadas tarde no dia seguinte ou teriam noites complicadas, tendo em conta todos os estímulos que um centro comercial acarreta: luzes fortes, muitas vozes, cheiros, pessoas a falar alto.

Alguns daqueles mães e pais certamente não teriam tido muitas alternativas, mas pelo menos que se fizesse um esforço para não deitar os bebés tão tarde (se ali andavam às 22h30, calculo que com a ida para casa, mudança de fralda, biberão e acalmia não se terão deitado antes da meia-noite) e para não andar por ali descontraidamente com o bebé, como se este não tivesse as suas necessidades. É que um bom sono é tão, mas tão importante para eles.

Nota final: Aqui em casa não sou fundamentalista, não se fala em surdina, a televisão está muitas vezes (às vezes de mais) ligada, por vezes resvala-se um pouco na hora da refeição. Mas as bebés precisam de rotina, e irem para a cama às 20h, dar-lhes um reforço às 22h e deixá-las dormir por largas horas fá-las acordar bem-dispostas e mal não lhes fará.

26 de setembro de 2016

Quatro meses pelo meio

A primeira fotografia foi tirada no dia 1 de maio, Dia da Mãe, num almoço na praia da Adraga. A segunda foi tirada no dia 23 de setembro, nos anos da minha mãe, na primeira aproximação das bebés à Adraga (atenção, o tamanho da minha barriga é o vento a enfunar a camisola...). Tanta coisa se passou pelo meio.



23 de setembro de 2016

De três vezes Mãe a duas vezes Avó

De Mãe de três, aos 61 anos a minha Mãe passou a ser também a Avó de duas. Hoje, no dia dos seus 62 anos, penso (e espero) que se realiza de novo, graças às duas alminhas de que tanto aqui tenho falado.

Parabéns, Mamã.


21 de setembro de 2016

A minha primeira troca


Pela primeira vez, em três meses, troquei as minhas filhas, eu que me gabava de não precisar das fitinhas coloridas nos punhos para nada.

Pelas 16h, peguei na Luísa para lhe dar o biberão. Bebeu rapidamente, como é hábito, arrotou relativamente depressa (o que já não é tão comum) e fui com ela até à cozinha para ir buscar o biberão da Maria. Quando regresso à sala e vou deitar a Luísa na espreguiçadeira, olho para a espreguiçadeira ao lado e vejo... a Luísa! O que significa que durante aquele quarto de hora estive a tratar da Maria pensando que era a Luísa. E como ainda por cima a pestinha comeu mais rápido do que o habitual (como come a Luísa), nem isso me pareceu estranho.

Shame on me.

19 de setembro de 2016

E as noites

Com as bebés com 3 meses, estou já há mais de um mês dias a "fazer as noites", isto é, sem a ajuda que tinha e que me permitia não me preocupar com elas nesse período. As primeiras noites não foram fáceis, tenho o sono muito leve e qualquer barulhinho, ainda que fosse só delas a espreguiçarem-se, deixava-me em sobressalto.

Com o tempo, e uma vez que elas nem dormem no meu quarto, o meu organismo registou que acordar para dar biberão é apenas quando elas choram. E funciona. Com o bónus de que elas são uns bebés excecionais, adormecendo pelas 23h e dormindo no mínimo até às 5h, sendo que cada vez mais só voltam a acordar às 7h, tendo de ser acordadas pois ainda dormem. Nessa altura, comem rápido e voltam a adormecer até às 10h, quando tenho de as acordar para entrarem no ritmo do dia.

Estou cada vez mais convencida de que estas duas meninas juntas são bebés mais fáceis do que muitos bebés únicos.

Nota: Não posso deixar de agradecer à minha mãe, que ficou em minha casa na primeira noite para eu não me preocupar e que uma vez por semana fica com elas em casa dela, para eu poder descansar. É bom para todos.

16 de setembro de 2016

Chamo-lhe a hora do lobo

Começa pelas 18h e picos, 19h, e termina pelas 22h, e é dominada pelo choro intermitente das bebés, aquele choro que a certa altura já não suportamos. É um choro de luta contra o sono, mas que piora se as pusermos na cama nesse período. Diz a pediatra que é muito comum entre os bebés, com a agravante de ser o período do dia em que os pais estão cansados e mais precisam de descanso. Nisto as minhas não são diferentes dos outros. Custa um bom bocado.

Depois da luta contra o sono.

13 de setembro de 2016

A minha mãe e as minhas filhas



No início da casa dos 60 anos, e com os filhos já criados e avançados, os meus pais perdiam a esperança de um dia serem avós, por isso a chegada da Maria e da Luísa foi vista quase como um milagre e um novo objetivo para viver.

A minha mãe rejuvenesceu a olhos vistos. Vibrou com a minha gravidez, apoiou-me muito e em casa dela preparou tudo para as netas lá ficarem sempre que necessário. Há cerca de três semanas foi preciso, e a partir daí definimos que não seria apenas por necessidade e que a Maria e a Luísa lá ficariam pelo menos uma vez por semana. Seria bom para mim, para descansar e fazer outras coisas, para a minha mãe, que as ama incondicionalmente, e para elas, que criam mais laços.

Aqui, agradeço-lhe toda a atenção e carinho que dá às minhas filhas. Todos os produtos que comprou para eu não ter de me preocupar em andar com as coisas atrás. As roupas que comprou quase ainda antes de elas serem gente. O quarto que decorou com tanto amor, com colchas e cortinados feitos por ela. A maneira como lida com elas.

Obrigada, Mamã, pelo amor que lhes dás a elas e por todos os bons conselhos e ajuda que me tens dado a mim.

12 de setembro de 2016

Milagre no Rio Hudson, de Clint Eastwood

Já conhecia a história, como se calhar a maioria de nós. No dia 15 de janeiro de 2009 o capitão Chesley "Sully" Sullenberger viu-se obrigado a "aterrar" em pleno rio Hudson, colado a Manhattan, depois de o Airbus que pilotava com 155 pessoas a bordo ter embatido com um bando de gansos-do-Canadá que avariou os dois motores. Miraculosamente, tudo correu bem: a amaragem, o impacto, o socorro aos passageiros feito por ferries. Isto em pleno janeiro, com temperaturas muito baixas e a água mais fria ainda.

Se Sully foi visto como um herói pela opinião publica, nos bastidores da US Airways o caso foi diferente. Desconfiados de que Sully teria tido tempo de regressar à La Guardia ou aterrar em Teterboro, abrem-lhe um inquérito, na verdade quase um julgamento, na tentativa de provar de que teria havido erro humano na avaliação da situação.

A realização é de Clint Eastwood, sempre irrepreensível, e Tom Hanks está excelente como sempre. Nestes filmes é inevitável a apologia da América, finais relativamente apoteóticos, mas não me incomodou. Para primeiro filme que vejo em largos meses, foi talvez a melhor escolha que fiz.

Nota: No original, o título do filme é apenas "Sully", o que faz bastante mais sentido.

O verdadeiro Sully perante a comissão de inquérito.
Imagem original das operações de salvamento.

9 de setembro de 2016

Um dos melhores momentos da minha vida

Há que tempos que me dizem que é por volta dos três meses que os gémeos começam a interagir entre si, e eu ansiosa por isso. Ontem, cinco dias depois de os completarem, aconteceu. E não só se olharam nos olhos como sorriram uma para a outra.

Meus amores.



8 de setembro de 2016

David Sedaris vezes três

Pensava eu que nunca mais teria tempo para ler depois de ter as bebés. Mas tenho, nem que sejam meia dúzia de páginas por noite. O que me falta é depois cabeça para escrever sobre o que tenho lido. E que tem valido a pena.

Por isso, e porque estes livros seguem na base todos a mesma estrutura, têm direito a um tópico único. Descobri David Sedaris já há uns anos, em Álbum de família. A partir daí, passei a lê-lo em inglês, sobretudo porque a quantidade de títulos é brutalmente maior. Nos últimos meses li estes, quase como um vício:


Em comum, os livros de Sedaris têm o facto de serem crónicas sempre baseadas em coisas que se passaram com ele, com alguém conhecido ou com a família. Algumas que até podem não ter tanta graça à partida, mas que contadas por Sedaris põem-me a rir sozinha. A ida uma temporada para Tóquio para deixar de fumar. As tentativas de aprender a falar francês. Um part-time como duende no Natal. Ir à casa de banho em casa de amigos, deparar com um cocó gigante a entupir a sanita e ter medo que pensem que é dele. A tentativa do pai de que ele e os irmãos formassem uma banda de música. São tantos os episódios, e tão distintos, que ficaria aqui mais umas boas duas horas a enumerá-los.

Nota: Os outros que já li são Álbum de família, Dress your family in corduroy and denim e Let's explore diabetes with owls.

7 de setembro de 2016

Dois dos meus frutos preferidos

Na semana passada comprei-lhes uns bodies com frutos e no domingo de manhã deu-me para isto. Sorte que ainda há morangos e melancia à venda. E que elas pelo meio colaboraram com uns sorrisos.


6 de setembro de 2016

Por mim

Confesso que nunca deixo de me surpreender com o que algumas pessoas fazem por mim desde o problema que tive a seguir ao nascimento das bebés. Há pessoas que acendem uma vela todas as noites. Outras que rezam por mim. Outras que empreenderam tarefas a pensar em mim e que no final mas querem oferecer. Outras que me ofereceram santos. Outras ainda que fizeram promessas. Tudo isto me é muito querido e dá-me confiança para acreditar que com tantas energias positivas vou poder criar as minhas filhas com segurança e alegria.

3 de setembro de 2016

3 meses com o meu coração maior

Há 3 meses, no dia 3 de junho, nasciam a Maria às 00h01 e a Luísa às 00h02. O início foi muito difícil e complicado, para mim e para elas, mas hoje as coisas encaminham-se para uma vida normal muito mais enriquecida com a chegada destes dois anjinhos.

Feliz mesversário, minhas queridas.

Maria - 03.06.16, ca. 2h00, 42 cm, 2,100 kg
Maria - 03.09.16, 11h45, 53 cm, 4,090 kg
Luísa - 03.06.16, ca. 2h00, 42 cm, 2,150 kg
Luísa - 03.09.16, 11h45, 53 cm, 4,380 kg

1 de setembro de 2016

A Vespinha cada vez mais querida

E aos poucos, quase sem me aperceber, a Vespinha tornou-se a guardiã das bebés. Se desde o início que não se afasta como faz a TT, neste momento começa a estar sempre presente, a cheirá-las, a ir para as camas delas quando elas não estão lá.

O último episódio deu-se uma destas manhãs, quando eu tomava duche. As bebés estavam a começar a reclamar por comida, mas a porta do quarto delas ainda estava encostada para não ouvirem muito barulho. A certa altura a Vespinha entra-me pela casa de banho a miar insistentemente. Quando olhei para a porta do quarto delas, estava ligeiramente entreaberta. A Vespinha chamava-me para eu lhes dar assistência.