8 de novembro de 2017

Copenhaga: as desilusões

Aqui, aquilo que de algum modo não estava à espera, ou que esperava que fosse diferente, e que me deixou com um certo amargo de boca.

A limpeza em geral
Esperava ver uma cidade imaculada, mas não. Não é que haja muito lixo no chão, mas os comboios estão sujos, há paredes pintadas com garatujos e entrar numa loja de fast food faz-nos pensar que houve uma debandada geral, tal o lixo que ficou para trás.

Os preços
Gosto muito do design dinamarquês, mas o sueco não lhe fica atrás e a preços que há três anos, em Estocolmo, me pareceram bem mais simpáticos. Pela primeira vez faço uma viagem e não trago praticamente nada, exceto uns vestidos e uns teddy bears para as miúdas, e umas recordações muito básicas para a família próxima. É mesmo tudo muito caro.

A neutralidade
Tinham-me dito que os dinamarqueses eram extremamente simpáticos, mais do que os suecos. Pois não achei bem isso. Não são antipáticos mas também não são simpáticos. Entramos nas lojas e recebem-nos com alguma indiferença, enquanto em Estocolmo senti mais alegria. São neutros e estão ali para cumprir as suas funções.

Thorvaldsens Museum
É um museu de escultura e pintura exclusivamente com obras do artista Bertel Thorvaldsen mas achei todo o ambiente um bocado soturno, sem valorizar muito as peças. 


Christiania Freetown
Esta é aquela parte de Copenhaga que até há uns anos era completamente clandestina e onde se traficava estupefacientes como quem vende castanhas assadas. Hoje não está muito diferente. Apesar de a zona estar legalizada e os habitantes já pagarem impostos, as bancas a vender todo o tipo de ervas e outras coisas continuam a ser muitas. Há quem a considere uma enorme curiosidade, eu achei-a bastante decadente.


Loja da Lego
Sendo uma marca dinamarquesa com a projeção que tem no mundo, imaginava algo grandioso, com todas as coleções e mais algumas. Encontrei uma loja grande mas não enorme, inclusive com alguma limitação nas peças (uma das referências que tenho é a Lego Architecture, e os exemplares que lá vi são pouquíssimos). Uma loja Toys’r’us ou a Hamleys de Londres estão mais bem fornecidas.

4 comentários:

GATA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
GATA disse...

Não fui a Christiania Freetown porque não tive tempo mas penso que não perdi muito... até porque, para 'aventuras', a minha em Chinatown - NYC (numa quarta-feira de chuva de Inverno) foi muito interessante, e a subsequente em Little Italy NYC - com a minha pessoa a fazer valer o seu primo mafioso - ainda mais! :-)

Quanto aos dinamarqueses, eu achei que os latinos dos nórdicos - como designam os dinamarqueses - eram prestáveis MAS eu prefiro os suecos, e até os noruegueses, mas são preferências pessoais.

A única coisa de que não gostei foi os muitos imigrantes árabes - e eu estive em Copenhaga antes da 'crise' dos migrantes! A imagem que me ficou foi de pessoas com poucos ou nenhuns cuidados de higiene, tanto pessoal como pública, e os rapazes metiam-se muito (demasiado, na minha opinião!) com as raparigas. Uns tentaram meter-se comigo mas, felizmente, desistiram perante a minha indiferença.

CAP CRÉUS disse...

Obrigado pelas preciosas informações. :-)

Rita disse...

Vi algumas pessoas árabes, sobretudo raparigas, que se notam mais pela indumentária, mas não senti qualquer desconforto, pareceram-me integrados... posso não ter visto tudo, mas foi a sensação com que fiquei.