9 de novembro de 2017

Copenhaga: as surpresas

Aqui, aquelas coisas que surgiram por acaso ou por mera sorte e que transformaram momentos banais em momentos memoráveis.

Exposição Stanley Kubrick
Está numa galeria a que não tinha planeado ir, a Kunstforeningen Gl. Strand, mas ao saber desta exposição não pude deixar de entrar. Estão lá todos os filmes do realizador, alguns acompanhados de objetos irónicos originais. Os fatos dos símios de 2001, os vestidos das miúdas e a máquina de escrever de Shining, entre uma data de outras coisas. Fiquei com vontade de ver os filmes todos.


Exposição Nordic Noir Art 
Ao descer a rampa em espiral da Torre Redonda (Rundetaarn, um dos melhores locais para uma vista mais elevada sobre a cidade), reparei numa saída a meio para uma sala bem iluminada. Lá dentro, o trabalho de dois artistas, Carsten Krogstrup e Steen Larsen, com obras hiper-realistas cheias de histórias para contar.



Superkilen 
Não tinha planeado ir, porque fica um bocado longe do centro, mas acabei por aproveitar o autocarro gratuito para lá ir. É um parque curioso equipado com peças de várias zonas do mundo (de Lisboa está lá um dos bancos riscados da Expo), numa perspetiva multicultural que se enquadra muito bem na zona onde se insere.


Exposição Rineke Dijkstra
Está no Louisiana Museum e é uma grande mostra das mega fotografias de Rineke Dijkstra. São várias as coleções: a de jovens na praia que, apenas pela sua atitude e só de fato de banho, refletem bem o país e a cultura onde vivem; a de três irmãs fotografadas periodicamente ao longo de seis anos; a de recém-mães (uma, uma hora depois de ser mãe, outra após um dia e outra após uma semana); a de crianças irmãs fotografadas no ambiente que os pais querem, vestidas com as roupas que os pais querem...


Museu Marítimo da Dinamarca
Não planeara lá ir, mas no comboio a caminho do Louisiana decidi avançar por mais umas estações e ir espreitar. Fica em Helsingor, construído num subterrâneo a partir de uma doca seca, com projeto do ateliê BIG. Além de valer pelo edifício, a exposição é muito interessante e interativa, explorando a vida dos marinheiros, os seus hábitos em terra e no mar, os instrumentos que usavam, as mercadorias transportadas... Tudo muito, muito atrativo.


As crianças
Nunca tinha estado de férias num local tão frio (excetuando algumas temporadas na neve), por isso foi muito engraçado ver a quantidade de bebés transportados nos seus carrinhos faça chuva ou faça sol (e apanhei máximas de 7 ºC). É um facto: o clima não é impedimento para nada.


A facilidade em andar a pé
Estava com um certo receio de me cansar muito depois do que me sucedeu o ano passado, até porque há muito tempo que não fazia uma viagem “de cidade”. Mas foi fácil, muito. Andei bastante e nem senti necessidade de andar de bicicleta para chegar a alguns locais mais distantes. 

Os cafés
São bons e muitos, estão em todo o lado. Com uma boa quantidade e variedade de bolos e pão (sim, há pão muito bom na Dinamarca, e não precisa de ser daquele escuro e amargo), até livrarias mais pequenas têm o seu cafezinho lá dentro. Muito acolhedores e sempre com gente sozinha ou na conversa.

3 comentários:

GATA disse...

Por acaso, Copenhaga foi a cidade em que mais me cansei... A cidade não é intuitiva e o facto de me perder constantemente (mesmo com mapa!) cansou-me física e psicologicamente. Curiosamente, uma pessoa conhecida que esteve recentemente em Copenhaga queixou-se do mesmo... afinal o problema não é meu! :-)

Por norma, o centro e norte da Europa tem cafetarias simpáticas e para todos os gostos, mas recordo especialmente uma em Estocolmo e outra em Viena, onde comi - sem dúvida - o melhor bolo de chocolate... até à data! :-)

CAP CRÉUS disse...

Obrigado!

E sim, o frio e chuva não são impedimento de nada, mas aqui, insiste-se em levar a famelga para os espaços fechados.

Vespinha disse...

Gata, eu nunca me perdi, arranjei dois ou três pontos de referência e orientava-me sempre. E fiquei tão contente por perceber que ainda posso passear como dantes!

Cap, muitas pessoas não percebem que é precisamente nesses espaços fechados que os vírus esfregam as patas de contentes. :)